quinta-feira, 3 de abril de 2008

Uma zebra com certo favoritismo


Até pouco tempo atrás, pouco se falava de um time turco chamado Fenerbahce. As informações sobre esse time eram escassas por se tratar de um clube de um país com pouca expressão no futebol internacional. Para piorar, esse clube buscava espaço em um continente pouco amigável para isso, o continente europeu.

Se o Fenerbahce desejasse ser visto por um público a nível mundial, ele deveria travar batalhas contra os maiores clubes do mundo. E a vitória para chegar a essa vitrine era dada como quase impossível. Quase.

O time turco, anteriormente conhecido por sua fanática torcida e por fazer parte de um dos clássicos mais acirrados do mundo, contra o Galatasaray, resolveu sair do regionalismo que o marcava. Já eram 16 campeonatos turcos e 4 copas da Turquia, mas nenhum papel internacional de importância. Investiu em uma legião de estrangeiros, sendo a maioria brasileiros, e foi buscar seu espaço.

Com Edu Dracena, Roberto Carlos, Alex, Deivid e o ex-são paulino, e uruguaio, Lugano, o time do técnico Zico caiu em um dos grupos mais equilibrados da Champions League de 2007/08. O grupo era formado por PSV, CSKA e Inter de Milão. Conseguiu agarrar uma vaga na segunda posição devido às suas vitórias em casa e contou com a sorte ao cair com o Sevilla nas oitavas-de-final.

O time turco venceu a primeira partida em casa por 3 a 2. Na Espanha, derrota pelo mesmo placar. A vaga só veio nos pênaltis.

Agora o Fenerbahce terá que se desdobrar para eliminar o temido Chelsea nas quartas, e já começou bem essa tarefa. Com um golaço de Deivid, mostrou a força que tem quando joga ao lado de sua torcida, vencendo por 2 a 1. Resta agora se segurar fora de casa e garantir um empate, algo nada impossível, para atingir mais uma marca histórica, já que a cada vitória da equipe os jornais comemoram a melhor campanha da de todos os tempos do time em uma Champions League.

O Fenerbahce ainda não garantiu a vaga nem o título europeu, mas já mostrou que está aí, sem medo de cara feia, lutando por um espaço ao lado dos grandes. É provável que, ao sentir o gosto de uma fama internacional, o time não se contente mais em ficar escondido em casa para as próximas temporadas que virão.

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